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Erros comuns de quem estuda para concursos
A jornada rumo à aprovação em um concurso público é, para muitos, um caminho árduo e repleto de desafios. A dedicação exigida, a vasta quantidade de conteúdo e a alta competitividade podem levar muitos estudantes a cometerem erros que, por vezes, são cruciais para o desfecho da sua preparação. Não se trata apenas de estudar muito, mas de estudar de forma estratégica e inteligente.
Identificar e corrigir as falhas no processo de estudo é tão importante quanto dominar as disciplinas. Muitas vezes, a diferença entre a aprovação e a reprovação reside não na inteligência do candidato, mas na sua capacidade de evitar armadilhas comuns que sabotam o desempenho. Compreender essas falhas e adotar métodos eficazes para contorná-las é o primeiro passo para otimizar sua rotina e aproximar-se do seu objetivo.
A percepção de que “estou estudando muito, mas não estou evoluindo” é um desabafo comum entre concurseiros e, frequentemente, um sinal de que algo não vai bem na metodologia de estudo. A busca incessante por materiais “milagrosos”, a falta de um plano de estudos bem definido ou a negligência com aspectos cruciais como a revisão e a resolução de questões são apenas alguns exemplos de tropeços que podem desviar o estudante do seu objetivo.
A boa notícia é que a maioria desses erros é previsível e, portanto, evitável. Ao conhecer as armadilhas mais comuns e ao implementar estratégias conscientes para superá-las, o concurseiro pode transformar sua jornada de estudo, tornando-a mais eficiente, produtiva e, principalmente, com maiores chances de sucesso. Este guia irá desvendar os erros mais frequentes e apresentar soluções práticas para que você possa pavimentar seu caminho rumo à tão sonhada aprovação.
Ignorar o Planejamento: O Começo do Caos na Preparação

Um dos erros capitais de muitos concurseiros é a ausência de um planejamento de estudos estruturado. Começar a estudar sem saber por onde ir, quais disciplinas priorizar, quanto tempo dedicar a cada uma e qual a melhor estratégia para cada fase do edital é como navegar sem bússola. A falta de um cronograma claro leva à dispersão, ao estudo desorganizado e, muitas vezes, à perda de tempo com conteúdos de menor relevância.
Muitos estudantes caem na tentação de apenas “ler” o material ou assistir a videoaulas sem um objetivo definido, sem metas diárias ou semanais claras, o que resulta em uma sensação de sobrecarga e, paradoxalmente, em baixa produtividade.
O segredo para evitar esse erro reside na criação de um plano de estudos personalizado e flexível. Antes de mergulhar nos livros, analise o edital do concurso desejado (ou editais anteriores, caso o seu ainda não tenha saído).
Entenda a relevância de cada disciplina, o peso das questões e a banca examinadora. A partir daí, defina um cronograma realista que contemple todas as matérias, os horários disponíveis e, crucialmente, os momentos de revisão e resolução de questões. Utilize ferramentas como planilhas ou aplicativos de gerenciamento de estudos para visualizar seu progresso e fazer ajustes quando necessário. Lembre-se: um bom plano não é estático; ele deve ser revisado e adaptado conforme suas necessidades e evolução nos estudos.
Negligenciar a Revisão: A Memória é Uma Traiçoeira Aliada

Muitos estudantes se concentram obsessivamente em “avançar” o conteúdo, devorando capítulos e disciplinas sem dar a devida atenção à revisão periódica. Esse é um erro gravíssimo, pois a nossa memória de curto prazo tem uma capacidade limitada.
O que é aprendido hoje, se não for revisitado, será esquecido em questão de dias. A curva do esquecimento é implacável, e ignorá-la é o mesmo que jogar fora todo o esforço e tempo dedicados ao estudo inicial. A sensação de que “já vi isso” é comum, mas a verdadeira fixação do conteúdo só ocorre com a repetição e a consolidação das informações.
Para combater o esquecimento, é fundamental incorporar técnicas de revisão ativa em sua rotina. Não se trata apenas de reler o material, mas de interagir com ele. Utilize flashcards, mapas mentais, resumos esquematizados e, principalmente, a resolução de questões sobre o conteúdo revisado.
Adote um sistema de revisão espaçada, como a revisão de 24 horas, 7 dias e 30 dias após o primeiro contato com a matéria. Isso ajuda a reforçar as conexões neurais e a transferir a informação da memória de curto prazo para a de longo prazo. A revisão não é um luxo, é uma necessidade inegociável para quem busca a aprovação e a capacidade de lembrar o conteúdo no momento da prova.
Poucas Questões e Simulados: Subestimando a Prática

Outro equívoco frequente é a baixa ou nula resolução de questões e simulados. Muitos estudantes se dedicam exaustivamente à teoria, acumulando conhecimento, mas não praticam a aplicação desse conhecimento em um formato que simule a prova. As questões não são apenas uma forma de testar o aprendizado; elas são uma ferramenta poderosa de estudo.
Ao resolver questões, você entende como a banca examinadora pensa, quais são os tópicos mais cobrados, como o conteúdo é articulado e quais são os tipos de pegadinhas. Além disso, a prática de simulados é essencial para gerenciar o tempo de prova, lidar com a pressão e identificar pontos fracos que precisam ser aprimorados.
Para evitar esse erro, faça da resolução de questões uma parte integrante e prioritária da sua rotina de estudos. Dedique um tempo diário ou semanal exclusivamente para a prática, seja por assunto, por disciplina ou em formato de simulado. Utilize plataformas de questões online para ter acesso a um grande volume de exercícios e acompanhar seu desempenho.
Após resolver as questões, não se limite a ver o gabarito; analise as respostas corretas e, principalmente, as incorretas. Entenda o porquê de ter errado e revise o conteúdo relacionado. Simule o dia da prova com o máximo de fidelidade possível, cronometrando o tempo e fazendo o simulado completo. Essa prática constante não só solidifica o aprendizado, mas também te prepara mentalmente para o grande dia.
Estudar de Forma Passiva: A Ilusão do Aprendizado
A leitura passiva e o mero assistir a videoaulas sem qualquer interação com o material são armadilhas que muitos concurseiros caem. É fácil sentir que se está aprendendo ao acompanhar uma aula ou ler um texto, mas a retenção de conhecimento é significativamente menor quando não há engajamento ativo. A mente humana precisa ser desafiada a processar e organizar as informações para que o aprendizado seja efetivo.
Anotar sem pensar, apenas copiando, ou ouvir sem questionar o conteúdo são exemplos de estudo passivo que dão a ilusão de produtividade, mas que, na prática, não contribuem para a fixação duradoura do conhecimento.
Para transformar o estudo passivo em estudo ativo e significativo, envolva-se com o material. Faça anotações com suas próprias palavras, crie perguntas e tente respondê-las, elabore resumos em tópicos ou mapas mentais que conectem os conceitos. Ensine o que aprendeu para si mesmo ou para outra pessoa – essa é uma das formas mais eficazes de consolidar o conhecimento.
Participe ativamente das aulas, fazendo perguntas e interagindo com o professor e colegas, se possível. Ao invés de apenas consumir o conteúdo, transforme-se em um produtor de conhecimento, organizando e sintetizando as informações de uma forma que faça sentido para você.
Negligenciar o Autocuidado: O Preço da Exaustão

Em sua ânsia por aprovação, muitos concurseiros negligenciam aspectos cruciais de seu bem-estar físico e mental. Horas ininterruptas de estudo, privação do sono, má alimentação, falta de atividade física e isolamento social são escolhas que, a longo prazo, podem levar à exaustão, ao esgotamento mental e à queda drástica no desempenho.
A mente e o corpo são instrumentos de estudo, e precisam estar em plena capacidade para absorver e processar informações de forma eficaz. Ignorar esses sinais de alerta é um erro que pode custar caro, levando a problemas de saúde e, consequentemente, prejudicando a performance nos estudos.
Para evitar o esgotamento, é fundamental priorizar o autocuidado como parte integrante da sua rotina de estudos. Inclua no seu planejamento horários para descanso e lazer.
Garanta uma boa noite de sono, pois é durante o sono que o cérebro consolida as informações aprendidas. Alimente-se de forma saudável e pratique atividades físicas regularmente, mesmo que seja uma caminhada curta. Mantenha contato com amigos e familiares, e reserve um tempo para hobbies e atividades que te deem prazer. Lembre-se que pausas estratégicas são mais produtivas do que horas intermináveis de estudo sem
foco. Cuidar de si mesmo não é um luxo, mas uma necessidade para manter a consistência e a alta performance na sua jornada rumo à aprovação. A preparação para concursos públicos é uma maratona, não um sprint. Evitar os erros comuns que a maioria dos concurseiros comete é um diferencial competitivo que pode encurtar seu caminho até a aprovação.
Ao planejar com antecedência, revisar constantemente, praticar exaustivamente com questões e simulados, estudar de forma ativa e, crucialmente, cuidar da sua saúde física e mental, você estará construindo uma base sólida para o sucesso. Lembre-se que cada erro corrigido é um passo à frente, e cada estratégia inteligente adotada te aproxima mais do seu objetivo. Acredite no seu potencial, seja persistente e transforme os obstáculos em degraus rumo à sua vitória no mundo dos concursos.
Fontes
- https://blog.portalpos.com.br/principais-erros-estudar-concursos-publicos/
- https://www.cursopalestragratuita.com.br/portal/os-10-maiores-erros-dos-concurseiros-em-concursos-publicos/
- https://extra.globo.com/economia/emprego/concursos/noticia/2025/03/veja-quais-sao-os-erros-mais-comuns-na-preparacao-para-concursos.ghtml
- https://kultivi.com/blog/concursos/erros-comundos-na-preparacao-para-concursos-publicos
- https://blog.sanarsaude.com/portal/concursos/artigos-noticias/os-melhores-metodos-de-estudo-para-concursos
- https://cursotopdelinha.com/2024/08/01/como-fazer-revisoes-eficientes-para-concursos-publicos/
- https://blog.cursoenfase.com.br/simulados-uma-estrategia-para-o-sucesso-nos-concursos/